Agronegócio

Indústrias de MT devem produzir 30 milhões de litros de etanol de milho

Produção é feita na entressafra da cana-de-açúcar. Produtores temem que alta no preço do milho inviabilize a atividade

Por: Fonte: Portal do Agronegócios - Ribeirão Preto - SP

13/03/2014

Na entressafra da cana-de-açúcar as indústrias de Mato Grosso devem produzir cerca de 30 milhões de litros de etanol de milho. A produção do combustível ainda é novidade para o estado, que tem apenas duas unidades ativas nesta temporada.

De acordo com o diretor executivo do Sindicato Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, a produção do etanol de milho tem compensado. No entanto, ele alerta que a valorização do grão tem preocupado o setor.

Isso porque, dependendo do preço, pode ficar inviável a produção do combustível feito do cereal. Atualmente, o preço da saca de 60 quilos de milho está variando de R$ 18 a R$ 22 no estado, conforme informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O diretor da primeira usina flex de Mato Grosso, Sérgio Barbieri, conta que ainda  por enquanto está vantajoso  produzir o combustível de cereais, estando a saca do milho custando cerca de R$ 20. "Também utilizamos o sorgo granífero para a produção de etanol e DDG - que é o farelo com média de 34% de proteína e com aceitação muito boa para a ração animal, especialmente de gado,  sendo ainda de menor custo em relação ao farelo de soja".

No ano passado a unidade, que fica Campos de Júlio, moeu 31,5 mil tons de cereais (sendo 21 mil toneladas de milho e 10,5 mil toneladas de sorgo). Nesta safra, foram moídos 44,5 mil toneladas de milho e 4,5 mil toneladas de sorgo. "Mas estimamos encerrar a temporada com mais de 21 mil toneladas de grãos moídos", completa Barbieri dizendo que o objetivo é melhorar a eficácia através de tecnologia própria.

A indústria produz cerca de 380,81 litros de etanol por toneladas de milho e 200 quilos de DDG. Conforme ele,  esse modelo de produção fez reduzir em 5% os custos fixos da indústria. "Além disso estamos produzindo durante 335 dias, ao invés de 200 dias de safra de cana", diz.

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