Irmãs Galvão ganham Memorial: justa homenagem em vida!
Irmãs Galvão ganham Memorial: justa homenagem em vida!
Por: Fonte: G1 - Ribeirão Preto - SP
18/07/2013
Moradores de Sapezal, um pequeno distrito de Paraguaçu Paulista (SP), fizeram uma justa homenagem a duas irmãs que iniciaram a carreira de cantoras no bairro. ConstruÃram um museu que conta um pouco da história das Irmãs Galvão, dupla sertaneja com mais tempo em atividade no paÃs.
Mary e Marilene Galvão formam uma das principais duplas femininas de música raiz do Brasil. As "Irmãs Galvão", como são nacionalmente conhecidas, quebraram muitas barreiras, venceram o preconceito e abriram as portas do mundo da música sertaneja para outras mulheres. Elas iniciaram a carreira no final da década de 1940. Ainda eram crianças, mas já encantavam a todos com o talento precoce.“A nossa primeira lembrança é sempre essa ‘as meninas de Sapezal estão aqui para cantar, as Irmãs Galvão’ e aà nós cantamosâ€, lembra Mary. Marilene completa. “A primeira música que cantamos na rádio foi ‘La última Noche’, eu com 5 e ela com 6 anos. Não sabia nem o que estava falando na verdade.â€Mary nasceu em Ourinhos e Marilene, em Palmital. Mas foi no pequeno distrito de Sapezal, bairro rural de Paraguaçu Paulista, que as duas viveram a maior parte da infância. Foi no bairro que a dupla deu os primeiros passos na carreira. O aposentado Silvio Janegitz lembra de quando levava as meninas, ainda com 7 anos, cantar nas rádios.“As conheci cantando, a gente ficava mais em Sapezal porque morávamos no sÃtio, o pai dela era alfaiate e eram tempos difÃceis. Meu pai tinha um jipe, então, nós ajudávamos e sempre que podÃamos levávamos elas para cantar em Paraguaçu Paulista, nas rádiosâ€, conta. Com mais de 300 músicas gravadas, as Irmãs Galvão venceram, mas não esqueceram suas origens. E depois de mais de 50 anos, as irmãs voltaram ao distrito de Sapezal onde viveram a infância. E vieram do mesmo jeito que iam tocar nas rádio da cidade: de trem.Recepcionadas como estrelas, com direito a muitas fotos e segurança, ao rever os amigos, as irmãs não conseguiram segurar a emoção. Muita gente apareceu para acompanhar a inauguração do memorial e claro, para ver a dupla, que começou se apresentando nas quermesses nos sÃtios para depois tocar em todas as rádios do Brasil. O aposentado Alcides RuÃdo sempre acompanhou a carreira da dupla. “Eu comprava os discos, a primeira vez que ouvi ‘Beijinho Doce’ já comecei a gostar e comprar os discosâ€, afirma.História recontada
Nas paredes do Memorial, estão as fotos, homenagens, discos, troféus e instrumentos que contam a história da carreira de sucesso das Irmãs Galvão, que já dura 62 anos. E quando as irmãs entraram no museu não teve como segurar a emoção. As duas fizeram uma viagem no tempo.“Deus, muito obrigada! Nós estamos honradas, muito felizes porque fizemos uma carreira que mereceu tudo issoâ€, ressalta Mary. “Da forma que tudo foi feito está maravilhoso, nós sabÃamos que tinha uma coisa muito linda nos esperando aqui, mas, não sabia a proporção, o tamanho de tudo issoâ€, completa Marilene. E o agradecimento das irmãs foi com música. No palco com muitos amigos, as irmãs Galvão cantaram os seus principais sucessos e agradeceram o público de Sapezal pela homenagem.
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