Modalidade Moda de Viola
Modalidade Moda de Viola
Por: Viola Show | Fonte: Info Escola - Ribeirão Preto - SP
05/08/2013
A moda de viola é uma modalidade
da música caipira produzida no Brasil, representando o maior sÃmbolo desta
musicalidade, ao lado de outros ritmos nascidos das toadas, cantigas,
valsinhas, modinhas, entre outras, que desembarcaram neste paÃs pelas mãos dos
europeus.
Musicalmente ela é composta de
solos de viola e versos extensos, permeados por refrãos, com um longo conteúdo
que narra eventos de natureza histórica, assim como fatos de destaque que
ocorrem nos grupos que produzem estas modas.
A expressão ‘moda’ é de
procedência portuguesa, com o sentido de ‘canto’, ‘melodia’ ou ‘música’. Entre
os brasileiros ela assume o aspecto de uma canção do campo. No Centro-Oeste e
no Sudeste as letras são escritas com antecedência e memorizadas, enquanto no
Nordeste elas são cantadas em um estilo improvisado. Os principais temas giram
sempre em volta das lendas dos boiadeiros e lavradores, das anedotas caipiras e
das narrativas que envolvem amor e morte. Elas são normalmente recitadas, pois
se conta uma história, com um fundo musical.
Vários estilos musicais derivam
da moda de viola, entre eles a música caipira, a sertaneja, a de raiz, entre
outras. Estas modas são geralmente entoadas em duas vozes, acompanhadas pela
viola. Segue-se convencionalmente uma métrica de sete sÃlabas, conhecida como
redondilha maior, dando lugar mais raramente às redondilhas menores, de cinco
sÃlabas. As estrofes mais comuns são a sextilha, a oitava e a quadra,
eventualmente a décima.
No estado de São Paulo as rimas
são normalmente fixas, com o cantador entoando suas modas velozmente. Ele
principia cantando uma quadra escolhida aleatoriamente, conhecida como levante
ou encabeçamento de moda. Para concluir ele executa com a voz o ‘arto’ (alto)
ou ‘baixão’, igualmente denominado de suspender a moda.
Quando a canção do campo atinge o
universo das gravadoras, as modas ampliam seu repertório, incluindo novos
temas, passando a representar mais o dia-a-dia das metrópoles. No Nordeste os
cantadores de moda usam sextilhas, moirão – estacas em que se sustêm as
videiras -, martelos, grandes estrofes de quatro versos e galopes, revelando
intenso poder de improvisar através das redondilhas maiores. Nestas áreas os
cantadores têm o hábito de se apresentarem em duplas, criando desafios que só
têm fim quando um deles vence o adversário.
As primeiras modas foram lançadas
em princÃpios da década de 30, com a obra precursora de Cornélio Pires, e a
qualidade relevante de Mandi e Sorocabinha, de Zico Dias e Ferrinho, Caçula e
Marinheiro, Laureano e Soares, dos paulistas Teddy Vieira, Lourival dos Santos,
sucesso nos anos 50 e 60, e posteriormente de Tonico e Tinoco, Torres e
Florêncio, dos mineiros Zé Mulato e Cassiano, e de vários outros.
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