O sertanejo no novo milênio
O sertanejo no novo milênio
Por: Viola Show | Fonte: Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) - Ribeirão Preto - SP
10/11/2014
Infelizmente de 2000 pra cá, inúmeros artistas que representam a música
sertaneja raiz nos deixaram, e muito poucos artistas defendendo a nossa
tradição chegando desde então.
Entre os poucos que surgiram neste novo milênio, destacamos Muniz
Teixeira e Joãozinho, Lucas Reis e Thácio, Otávio Augusto e Gabriel, Bruna
Viola, Marcos Violeiro e Cleiton Torres, João Carreiro e Capataz, Batô e
Fernando, João Lucas e Walter Filho, Luis Goiano e Girsel da Viola, entre
outros.
O mercado foi invadido por um novo estilo musical, que recebeu o nome
de "sertanejo universitário", (universitário porque a dupla João
Bosco e Vinícius eram universitários e cantavam na faculdade e barzinhos, assim
como outras duplas, como deu certo com eles os outros acabaram adaptando o novo
jeito de cantar utilizando o nome de universitários que é muito apreciado pelos
jovens das universidades pela linguagem, estilo e letras) que na verdade de
sertanejo na sua essência não tem nada. Mas a maioria vem do interior, cantam
em dueto, usam acordeom, às vezes tem uma violinha, utilizam nos trajes chapéu
e bota ai fala que é sertanejo.
O sertanejo é sertão, riquezas
do campo e do interior, dia-a-dia da roça, animais e histórias, mas como o
gênero sertanejo aceita tudo e tem uma certa credibilidade, seu valor é
"maiúsculo", então saem ganhando e vendem.
Apesar de tudo, muitas duplas em seus shows trazem algumas canções para
pelo menos honrarem o nome de sertanejo. O certo era que cantor gravasse em
seus discos uma canção nova, inédita das modas de raiz, isso iria fortalecer
nossa cultura.
Muitos festivais de viola, centros culturais, museus, exposições
agropecuárias, cavalgadas, rodeios, entre outros batem firme em defesa das
nossas tradições.
Como sempre digo a evolução vai acontecer, pois estamos em constante mudança,
quem não muda fica para traz, fica desatualizado e perde espaço para quem assim
o faz, "água parada apodrece", o passado e a cultura faz parte da história de
um povo e tem que ser preservadas, não adianta ficar "brigando", pois sempre
haverão mudanças. A "briga" tem que ser pela preservação da história. Semana
que vem tem mais curiosidades e histórias da nossa música sertaneja, grande abraço.
por Luiz Henrique Pelícia (Caipirão)
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