"Muita gente fala mal do nosso esporte (rodeio) por não conhecer", diz Rafael Villela
"Muita gente fala mal do nosso esporte (rodeio) por não conhecer", diz Rafael Villela
Por: Daniela Esteves || Fonte: IG - Ribeirão Preto - SP
03/06/2013
Rafael Vilella é, desde 2008, locutor oficial do Campeonato Brasileiro de Montaria, o Brahma Super Bull PBR. Ao iG, ele contou que a paixão pelo esporte o fez cair ali na arena de brincadeira, em 1994, e, por ali, permanece até hoje. “Comecei a narrar alguns rodeios pequenos na minha cidade (Pindamonhangaba-SP). De repente, comecei a narrar provas de laço, aà já era remuneradoâ€, conta ele, que como primeiro pagamento, teve a promessa de receber uma camisa de cowboy. “Isso foi no dia 1 de maio de 1994, dia da morte do Ayrton Senna. Considero meu aniversário de locução. Desde essa primeira locução, nunca mais parei e o cara não pagou minha camisa até hojeâ€, relembra Rafael.
Assediado enquanto percorre o evento, ele tira fotos com alguns fãs, acena para outros tantos e, antes de entrar na arena, faz o sinal da cruz. Aos que criticam o esporte, Rafael faz questão de convidar para conhecer, de perto, o evento e tudo o que acontece em seus bastidores. “As pessoas acham que a gente pega qualquer animal no pasto, traz para cá, judia dele e ele pula. Não existe isso. Judiado, nenhum boi pulaâ€, afirma ele, que faz questão de explicar o porque de o touro pular enquanto é montado por um peão, desmistificando a história de que o testÃculo do animal seria amarrado no momento da prova. “O sedenho (corda americana) não pega o testÃculo, pega na parte na frente do testÃculo, e ali, como pega a região do vazio (flanco), onde ele tem muitas cócegas, ele joga a anca para cima, querendo se livrar daquiloâ€, explica.Rafael faz ainda questão de lembrar que já viu muita gente conhecer o evento, como convidado especial, e se apaixonar pelo esporte. Como exemplo, ele cita Mário Frias, que além de se tornar um apaixonado pelo esporte, é, hoje, apresentador do programa Super Bull Brasil. “Muita gente fala mal do nosso esporte por não conhecer. Para as pessoas estão acostumadas a ouvir falar que a gente faz coisa errada, eu gostaria de convidá-las para conhecer um rodeio. Brinco que nossos bastidores são abertos como a cozinha de um restaurante. Não tem nada para esconderâ€, afirma o locutor.Embora seja um aficionado pelo esporte, ele garante que, nas horas de folga, monta apenas em cavalos. “Quando eu era criança, montei escondido do meu pai, lá na fazenda, em um bezerrinho. Quebrei meu braço e nunca mais volteiâ€, se diverte Rafael.
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