Crinas de cavalo que iriam para o lixo viram semijoias delicadas
O trabalho é feito por uma ourives apaixonada por cavalos desde criança!
Por: Viola Show I Fonte: Cavalus - Ribeirão Preto - SP
01/12/2017
Flavia Nunes, aos 39 anos, pode se dizer realizada. Apaixonada por cavalos, natural de São Paulo, morando em Caieiras, cidade no entorno da capital, ela montou uma pequena empresa chamada Cavallie. Começou a confeccionar pulseiras com crinas de cavalo caídas no chão da hípica que trabalhava como tratadora. "Por dois anos, morei em uma hípica. Queria ficar mais perto dos cavalos, não pude fazer curso de Equinocultura, então me candidatei a uma vaga de tratadora e fui contratada. Eu fazia aula nessa hípica e passei a morar e trabalhar no local. Me apegava muito aos cavalos que passavam por lá e quando iam embora, eu guardava parte de crina que tinham caído e iam para o lixo", conta ela que desde a infância tem contato com cavalos quando ia passar férias na casa dos tios no interior.Foi assim que sua história como ourives começou. "Todos os cavalos que eram muito queridos por mim, eu guardava uma parte da crina ou rabo e comecei a confeccionar pulseiras para guardar de lembrança. Passei a aperfeiçoar o acabamento e dar mais sofisticação às peças, porque comecei a receber pedidos e encomendas", reforça Flavia, comentando que sempre pede para as pessoas levarem fios de crinas e da cola que foram escovados e nunca cortados ou arrancados do cavalo. "A não ser que o dono do cavalo insista, ai peço para que ele corte uma parte bem pequena, apenas o suficiente para a confecção da peça."Flávia fez curso de ourivesaria e design de joias pelo SENAC e abriu a Cavallie para melhor organizar o seu negócio com bijuterias e semijoias - colares, aneis, pulseiras - feitas com as crinas. Ela conta que trabalha peças simples, mas está com planos de incluir ouro e prata a partir do ano que vem.Flavia ao lado do capitão Syllas Jadah, coordenador da Equoterapia, e de Mainah Torres, voluntária, terapeuta ocupacionalMas o seu dia a dia não fica somente preenchido pela confecção das peças. Ela divide seu tempo como voluntária no trabalho de Equoterapia no Regimento da Polícia Militar de São Paulo. "Recebi um convite quando fui até a PM visitar um cavalo que eu havia sido tratadora na hípica. O trabalho de Equoterapia tem resultados excelentes na recuperação de várias patologias, é um trabalho muito lindo. Estou no Regimento há três anos. É de lá que muitas peças minhas tomam forma também, pois consigo guardar fios que iriam para o lixo. Não consigo ficar longe dos cavalos e acho que as caudas e as crinas são as partes mais belas e com elas eu trabalho feliz", encerra Flavia, que vive do cavalo há seis anos.Para conhecer melhor a Cavallie, fazer contato com a Flavia, clique aqui.
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