Música

Chitãozinho: “Hoje a gente cobra mais caro, faz menos shows, mas se diverte muito mais”

Chitãozinho: “Hoje a gente cobra mais caro, faz menos shows, mas se diverte muito mais”

Por: Viola Show | Fonte: IG - Ribeirão Preto - SP

06/11/2013

Um ano e três meses após a gravação do DVD “Do tamanho do nosso amor”, Chitãozinho eXororó, finalmente, lançaram o trabalho, que foi registrado na Woods e, inicialmente, se tornaria apenas um CD. A demora se deu por diversos fatores, mas, como já dito pela dupla em outra ocasião, chegou em boa hora: perto do Natal, quando as vendas estão mais aquecidas. O CD deste trabalho traz 14 faixas, entre elas, a que dá título ao álbum e que conta com a participação deFernando e Sorocaba. Já o DVD, um pouco mais recheado, dá ainda mais espaço para o trabalho da dupla e traz 21 canções, além de duas faixas extras. Entre elas, a gravação de “Evidências” apenas com o público da casa noturna cantando.“Evidências”, aliás, é uma das canções mais pedidas da dupla e que não pode faltar nunca no repertório. Assim como “Fio de Cabelo”. As duas superam toda a inovação que Chitãozinho e Xororó quiserem inserir no novo trabalho, com novas batidas e uma levada mais jovem. E Xororó tem a explicação do porque, entra ano, sai ano, elas seguem na lista das mais pedidas e cantadas. “Foi feita uma pesquisa e ‘Evidências’ é a música mais cantada no Karaokê. Acho que todo mundo sabe cantar essa música. E ‘Fio de Cabelo’, é porque foi a primeira música a romper a barreira do preconceito, foi a primeira música nossa a ser tocada na FM e a mais vendida naquela época”, explica o sertanejo, que garante não se cansar de cantar nenhuma delas em todos os shows. “Cada show tem uma emoção diferente. E a resposta do público é sempre muito fantástica. A gente fica fascinado. Cada apresentação sempre tem uma particularidade. E é isso que nos motiva a continuar sempre cantando há tanto tempo”.ConcorrênciaApesar de querer trazer um arranjo mais jovem para o trabalho e chamar Fernando Zor para tal desafio, a dupla mostra que a iniciativa não é por medo da concorrência acirrada do sertanejo atualmente. Embora tenham muitas duplas no mercado, Chitão garante que não há dificuldade para eles em se manter no mercado. “Temos um público consagrado e uma coisa bacana que acontece agora, com esse movimento da música sertaneja mais atual, é que o público de agora canta as músicas antigas nossas e de outros artistas também. Então nosso repertório está muito presente nos shows dos mais novos. Hoje, para nos, é tudo uma curtição. Parece que a gente está sempre comemorando esses anos que conquistamos de carreira”, afirmou o cantor.Chitão ainda mostrou que, não apenas se diverte mais, como ganha mais dinheiro no novo cenário musical. “Hoje, a nossa carreira é mais organizada. Já andamos muito de ônibus, de carro, de avião de carreira. Hoje, a gente tem uma possibilidade de ter uma qualidade de vida muito melhor, sonhada por muitos artistas. Não temos nada para reclamar. A gente trabalha sério, cobra um pouco mais caro, faz menos shows, tem muito mais qualidade de vida e se diverte muito mais”, garantiu.Xororó mostrou que essa questão de número de shows foi muito bem planejada. A dupla faz de quatro a oito shows por mês e não quer nem pensar em fazer mais do que isso. “A gente reduziu mesmo a quantidade de shows para a gente ter um pouco mais de tranquilidade e viver mais, viajar mais, curtir mais a vida”, garantiu Xororó.Vida nos cinemasNão é novidade que a vida de Chitãozinho e Xororó pode virar filme em breve. “A historia do filme já existe há bastante tempo. Antes mesmo de ‘Dois Filhos de Francisco’, existe essa proposta. Vários diretores querendo fazer nossa história, e a gente está aguardando um momento mais oportuno. Mas nossa história deve virar um filme também”, afirmou Xororó.Há também uma possibilidade de um musical. Mas, independente do que virar a história da dupla, eles garantem que não existe nada que precisem esconder. “Mas acho que a vida profissional é uma coisa, e a particular é outra. E tem que se respeitada também a  individualidade de cada um. Ninguém gosta de ver a vida particular exposta por um terceiro que não tem todas as informações que a própria pessoa tenha”, afirmou Chitão, que, como o irmão, não costuma ver muitas manchetes sobre sua vida particular espalhadas nos jornais e revistas.“Nossa história é tão rica, são 43 anos de muita música, e a gente sempre foi muito aberto com nossos fãs, com a própria mídia. Nunca tivemos problemas. Não temos o que esconder, felizmente. Aquilo que é verdade sempre tem a longevidade. Temos tanta coisa para falar de música, que a parte mais íntima fica pra gente somente”, completou Xororó, mostrando que, no cinema, nos palcos ou em páginas de livros, qualquer história da dupla deve ficar restrita aos anos de carreira musical.

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