Música

Henrique e Juliano e Jads e Jadson. Novos e bons ares?

Henrique e Juliano e Jads e Jadson. Novos e bons ares?

Por: Viola Show | Fonte: Piunti - Ribeirão Preto - SP

28/08/2014

Uma lição mostrada durante a Festa do Peão de Barretos expõe uma situação real do mercado sertanejo: estamos de volta a uma fase em que a qualidade das músicas está a frente do produto pensado e lançado por um grande escritório.Claro que ainda temos coisas muito ruins em destaque e, ingenuidade de lado, o dinheiro segue sendo fundamental.No entanto, o sucesso de duas duplas dizem algumas coisas importantes. Ambas tocaram no primeiro fim de semana da festa.Henrique e Juliano devem fechar o ano como grande destaque. Nas ruas de Barretos, nos carros e nas esquinas, só dá o CD novo deles. E não é uma música ou outra, mas sim várias, uma atrás da outra.A de trabalho, "Até você voltar'', vai muito bem, mas quase já sendo engolida por "Cuida bem dela'', que andou exclusivamente graças aos compartilhamentos em Facebook. A música é quase um sucesso por conta própria.Vindo na mesma toada estão Jads e Jadson, também de fora da turma dos medalhões, mas que estão nos carros e na boca do povo. Vinham muito bem do ano passado pra cá, e "Ressentimento'' serviu pra segurá-los em alta, ajudando naquele momento complicado após um grande hit.Firmaram o estilo, as pessoas entenderam o projeto, e o produto caiu como uma luva principalmente nos rodeios, que há muito sofriam críticas por terem se afastado do sertanejo mais 'bruto'.Não tem a ver exatamente com a postagem, mas vale citar que a música do ano, "Domingo de Manhã'', de Marcos e Belutti, é de uma dupla que também não faz parte da turma dos mega-consagrados.Como disse lá em cima, claro que dinheiro e trabalho de escritório seguem pesando, mas nenhum nome consagrado tem conseguido repercussões como os três citados acima. Sem menosprezo algum, por isso mesmo vou até usar aspas, mas esse ano é dos "menores''.Uma das características mais fortes do sertanejo é que seus sucessos raramente são impostos. Eles surgem naturalmente, com raras exceções. Em 2014 a ideia só tem se reforçado, ainda bem.

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