Matheus Calil e o Universo Sertanejo

No mercado sertanejo há 19 anos, o empresário artístico e idealizador de eventos Matheus Calil tem a responsabilidade de promover os principais circuitos de rodeios do interior de São Paulo, como o Ribeirão Rodeo Music, além de outros estados. O desafio este ano é a gestão do camarote Arena Premium da Festa do Peão de Barretos.

Qual a maior dificuldade encontrada hoje no setor de eventos sertanejos?
Matheus Calil: Adequar a estrutura e normas de segurança exigida pelo Corpo de Bombeiros, o que é positivo e precisa ser feito, mas ainda é uma dificuldade para o setor. Também sempre buscar diferenciais nos eventos para despertar o interesse do público.
 
O que você acha dessa onda de duplas sertanejas que fazem sucesso com uma única música e depois somem do mercado?
De 10 anos pra cá a música sertaneja rompeu fronteiras. Hoje somos responsáveis por 22% das vendas no mercado fonográfico e 45% do mercado de shows. Esse sucesso volátil, de piuca duração, dessas duplas eu acho positivo, porque fortalece o segmento como um todo, mas é passageiro. Só permanecem as duplas que possuem consistência.

O que é o Viola Show hoje?
É uma empresa que foca o ramo sertanejo como promoção de eventos, marketing, captação das marcas e outras ações, como empresariar duplas também. Eu estou há 19 anos no mercado. Comecei com o Clube da Viola, há 17 anos. Sempre tive essa paixão sertanejo e rodeio e fui me profissionalizando. O mercado também e hoje temos essa estrutura.

Pela primeira vez você assumiu o camarote Arena Premium da Festa do Peão de Barretos, ao lado de Os Independentes e de Paulo Alonso. Por que essa parceria? O que terá de novidades?
Entramos para fazer a gestão do camarote, que este ano está 30% maior que 2012. São esperadas 1.200 pessoas por dia. A novidade de iniciativa do Viola Show são os espaços corporativos, onde as empresas têm um lounge com capacidade entre 30 e 60 pessoas, com toda a estrutura do Arena Premium. São 10 marcas no local. Já fechamos 60%.

Essa proibição de menor de 18 anos entrar em evento, como você avalia?
Eu acho positivo porque também vem ao encontro da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólica a menores. Claro que temos a preferência de que menores possam ter acesso aos nossos eventos, até por conta dos shows que são para esse público mais jovem, mas isso a gente resolve com autorização da Justiça para que menores de 16 e 17 anos possam entrar desacompanhados.